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quinta-feira, 24 de março de 2011

O primeiro superstar do rock and roll

   Bill Haley já vinha fazendo certo sucesso desde 1953, com as músicas “Crazy Man Crazy” e “Rock the Joint”. Naquele ano, quando quis gravar com sua banda “Rock Around the Clock”, música que se tornaria o primeiro grande hit popular do rock and roll, o diretor de sua primeira gravadora, a Essex, não mostrou interesse.
   Somente no ano seguinte, quando assinou com a Decca, ele conseguiu gravar a faixa. Só que ela era o lado B de um compacto chamado Thirteen Women, que vendeu 75 mil cópias naquele ano.
  Os autores de “Rock Around the Clock”, inconformados com o pouco sucesso que a canção fez inicialmente, resolveram então mandá-la a Hollywood para ser incluída na trilha sonora do filme Sementes da Violência. 
  Finalmente a música estourou e a Decca resolveu lançar o compacto novamente em 1955, mas dessa vez com a música no lado A, e chegando ao mundo inteiro. No ano seguinte, o cantor teve mais cinco sucessos nas paradas. Mas, apesar de todo o estardalhaço, Bill Haley já tinha mais de 30 anos, era gordinho e seus trajes não interessavam aos adolescentes. Em resumo, não era o tipo sex symbol. No mesmo ano, Elvis surgiu nas paradas e os dias de rei do rock and roll de Haley estavam contados.
  


quarta-feira, 16 de março de 2011

Brancos ou Negros ? (50)

   O rock and roll já nasceu polêmico. Quando a juventude da época começou a se revoltar contra o racismo, a música foi uma forma de unir a todos. Alguns atribuem aos negros a criação do rock and roll nos anos 50. Mas quem será o pai do rock? Na versão negra, podemos considerar Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino e Bo Diddley
  Os primeiros brancos a se aventurarem no contagiante ritmo foram Bill Haley, Carl Perkins, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis, Roy Orbison e Elvis Presley, que traziam em suas músicas as origens do hillbilly, uma espécie de música pré-folk feita no sul dos Estados Unidos, o swing do blues feito pelos negros e uma pitada do jazz e do boogie-woogie — este, outra vertente do blues tradi- cional. Essa mistura mais tarde passou a ser chamada de rockabilly.
  A diferença entre o rock and roll e o rockabilly é que no primeiro entravam elementos do pop feito antes da década de 50 — o chamado pop tradicional — e, no segundo, havia predominância das raízes coun- try e do rhythm & blues.
   O selo Sun Records, do produtor Sam Phillips, ajudou a propagar pela América alguns desses ritmos importantes, na voz de nomes como Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. Enquanto isso, em Chicago, um outro selo chamado Chess Records — uma gravadora de R&B — apresentava ao mundo os artistas negros do rock and roll, como Chuck Berry e Bo Diddley. Nessa época, houve uma proliferação pelos Estados Unidos de outros selos menores que também fizeram história, como o Imperial e o King. 
   Um dos caras mais negligenciados pela mídia foi Bill Haley, músico do Estado de Michigan, que já tocava rock and roll desde o início dos anos 50, quando o ritmo ainda nem tinha nome. Sua gravação de “Rock Around the Clock”, por exemplo, aconteceu em abril de 1954, antes de Elvis Presley assinar com a gravadora Sun Records (também em 1954), e de Chuck Berry gravar “Maybellene”, em 1955. 



terça-feira, 15 de março de 2011

As Raizes Desse Tal De Rock n' Roll (50)

  No início da década de 50, a América se recuperava da ressaca do período pós- guerra. O cenário parecia promissor:
  o poder aquisitivo do norte-americano melhorava a cada dia e despontava a chamada geração do consumo, para quem tudo era novidade e inspirava prazer.
  Seus pais ouviam canções românticas de Dean Martin e orquestras como a de Glenn Miller, mas, definitivamente, não era isso que os jovens queriam ouvir.
  Dessa insatisfação surgiu o ritmo batiza- do de rock and roll, que expressava a excitação dessa nova geração.


  A Receita Do Rock n' Roll


  Na sua forma mais pura, o rock é composto de três a quatro acordes, uma batida forte e contínua e uma melodia pega- josa. 
  As raízes do rock and roll provêm de fontes variadas: o blues tradicional, o rhythm & blues (R&B) e a música coun- try. Adicione também o gospel, o pop tradicional, o jazz, o boogie-woogie e o folk. 
   E misture uma estrutura ao estilo blues, que torna a canção rápida, dançante e atraente. 




  O rock and roll teve seu modelo criado pela primeira geração de rockers: Chuck Berry, Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee Lewis, Buddy Holly, Bo Diddley, Bill Haley, Gene Vincent, The Everly Brothers, Carl Perkins, entre outros. 
   Nas décadas seguintes, um grande número de artistas foi recriando e redefinindo esse som. Da invasão inglesa, folk-rock e psicodelia ao hard rock, heavy metal, glam rock e punk, diversos subgêneros foram surgindo, muitos deles ainda conser- vando em sua concepção musical as raízes das décadas de 50 e 60. A forma de execução foi mudando, mas a essência continuava a mesma. 



segunda-feira, 14 de março de 2011

Apresentação

  São mais de 50 anos de história para esse jovem que atende pelo nome de "rock and roll".
  Esse ritmo contagiante que traduz excitação e frenesi nunca envelhece: pelo contrário, se renova a cada geração.
   Se na década de 50, quando ele foi inventado por Chuck Berry e Elvis Presley, significava uma fusão da country music e do rhythm'n'blues, hoje essa definição pode ser muito mais ampla.
  Com o passar dos tempos, o rock agregou elementos do jazz, da música clássica, do folk e da world music, entre outros.
  Hoje o rock deita e rola na era digital, usando os famosos samplers, instrumentação eletrônica e muitos computadores.
  Mas uma coisa é importante ressaltar: o rock and roll nunca perdeu a sua rebeldia, o seu jeito de "entrar com o pé na porta". Isso se resume em uma palavra: "atitude". 
  Essa é a senha de comando para milhões de jovens do mundo inteiro a cada geração. Comportamento e Moda sempre andaram de mãos dadas com o rock and roll. 
  Cada geração dita sua moda e seu estilo de vida, criando uma conexão entre passado, presente e futuro, e é assim também na música e em outras formas de expressão.
  Nesses 50 anos de existência, podemos destacar algumas datas essenciais ao longo dessas cinco décadas:

                  1955 - quando Chuck Berry inventou o rock and roll e Elvis Presly o popularizou.
1966/1967 - quando Bob Dylan, The Beatles, The Rolling Stones, Frank Zappa, The Doors e Velvet Underground causaram uma revolução maciça na estrutura do rock and roll.
1976/1977 - quando o Punk Rock e a New Wave mais uma vez revolucionaram o rock and roll.
1987/1988 - quando bandas como Pixies, Fugazi e Sonic Youth criaram o indie pop.
1993/1994 - quando Radiohead, Oasis, Blur, Pulp, Manic Street Preachers e Suede inventaram o britpop.
No entanto, essa história não termina por aí. Esses jovens inquietos inventaram e reinventaram um ritmo que por muitos é considerado limitado - imaginem se não fosse!
Só para ter uma idéia, ao término deste livro, ainda veio a geração New Rave, que pode ser representada pelos Klaxons e por nosso Cansei de Ser Sexy.
A produção musical dos jovens eclode pelo mundo todo em busca de referências e ultrapassa o que poderia ser um fator limitante neste diálogo de gerações, o tempo.
O rock and roll é atemporal. Vimos freqüentemente os jovens garimpando "novos ritmos, novos estilos" no veio de algo que já foi produzido, agora sendo reciclado e dando uma nova leitura e, quando possível, agregando novos elementos ao rock produzido atualmente.
Esse é o verdadeiro significado do "Rock and Roll".